Durante a elaboração do
Plano ABC, entre 2010 e 2011, houve detalhamento e modificações dos
compromissos originais da agricultura, firmados na COP-15, que passaram a ser compostos
por meio da adoção das seguintes ações:
• Recuperar uma área de 15 milhões de hectares
de pastagens degradadas por meio do manejo adequado e adubação;
• Aumentar a adoção de sistemas de Integração
Lavoura-Pecuária-Floresta (iLPF) e de Sistemas Agroflorestais (SAFs) em 4
milhões de hectares;
• Ampliar a utilização do Sistema Plantio
Direto (SPD) em 8 milhões de hectares;
• Fixação Biológica de Nitrogênio (FBN):
ampliar o uso da fixação biológica em 5,5 milhões de hectares;
• Promover as ações de reflorestamento no
país,4 expandindo a área com Florestas Plantadas, atualmente, destinada à
produção de fibras, madeira e celulose em 3,0 milhões de hectares, passando de
6,0 milhões de hectares para 9,0 milhões de hectares; e
• Ampliar o uso de tecnologias para tratamento
de 4,4 milhões de m3 de dejetos de animais para geração de energia e produção
de composto orgânico.
Na Tabela abaixo, encontram-se
listados os compromissos da agricultura que constituem a base do Plano ABC, bem
como suas estimativas de mitigação da emissão de GEE.
Em cada programa é proposta a adoção de uma série de ações,
como fortalecimento da assistência técnica,capacitação e informação,
estratégias de transferência de tecnologia (TT), dias de campo, palestras,
seminários,workshops, implantação de Unidades de Referência Tecnológica (URTs),
campanhas de divulgação e chamadas públicas para contratação de serviços de
Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater).
Também estão previstas ações voltadas a oferecer
incentivos econômicos e financiamento aos produtores para implantar as
atividades do Plano. Destacam-se algumas ações já em andamento, como o
Programa ABC (Agricultura de Baixa Emissão de Carbono), instituído pelo
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que disponibilizou
R$ 2 bilhões no Plano Agrícola e Pecuário 2010/2011, ampliando para R$ 3,15
bilhões no Plano Agrícola e Pecuário 2011/2012. Devem ser ressaltadas também as
ações de capacitação promovidas pela Itaipu Binacional para o desenvolvimento
das ações de Tratamento de Dejetos de Animais.
Ainda existirão ações em termos de pesquisa e desenvolvimento
tecnológico, incentivo a mecanismos de certificação, redução de custos de
escoamento e agregação de valor, disponibilização de insumos básicos e
inoculantes para agricultores familiares e de assentados da reforma agrária, e
fomento a viveiros florestais e redes de coletas de sementes de espécies nativas.
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